O Cérebro

REFLEXÃO PESSOAL – O Cérebro: O mal de Alzheimer

 

O cérebro é uma massa nervosa que se encontra protegida por uma estrutura óssea – a caixa craniana. A parte interna do cérebro possui uma substância branca, sendo a exterior – o córtex cerebral – constituída por uma substância cinzenta. O córtex cerebral é a estrutura nervosa que garante a superioridade humana, ou seja, a grande capacidade de processar informações e de conceder significados às situações e aos acontecimentos do mundo, o qual é constituído por um conjunto de neurónios diferenciados, em áreas funcionais variadas.

O cérebro é formado por dois hemisférios, o esquerdo e o direito, sendo que cada hemisfério comanda as sensações e os movimentos de cada parte do corpo. O córtex humano é atravessado por uma fenda longitudinal que divide o cérebro em duas metades quase simétricas, denominadas por hemisférios cerebrais. Cada hemisfério é responsável pelo controlo sensorial e motor do lado oposto do corpo, por exemplo, o hemisfério esquerdo comanda a sensibilidade e os movimentos do lado direito e o hemisfério direito superintende no controlo da sensibilidade e dos movimentos do lado esquerdo.

O hemisfério esquerdo é responsável pela simbologia e pela lógica, ocupa-se do pensamento mais analítico, linear e verbal. Constrói frases e resolve equações. Proporciona ao homem a ciência e a tragédia. Os acidentes, tromboses ou tumores neste hemisfério têm como consequência distúrbios na leitura, na escrita, na fala, no raciocínio aritmético e, en«m geral, na capacidade de compreender.

O hemisfério direito é responsável pela organização das percepções especiais, e tem como função o pensamento sintético, holístico e icónico. Ao ouvir música, apercebe-se da tridimensionalidade dos objetos, isto é, a imaginação e a arte.

O córtex cerebral encontra-se cheio de enrugamentos ou circunvalações que permitem que ele caiba com toda a sua extensão no exíguo espaço da caixa craniana. O córtex que cobre cada hemisfério apresenta quatro regiões ou lobos cerebrais, separados por fendas:

·       O lobo occipital, responsável pela visão;

·       O lobo temporal, responsável pela audição;

·       O lobo parietal, responsável, pelas sensações do corpo;

·       O lobo frontal, responsável pelos movimentos.

 

     No que respeita à organização funcional, os lobos são semelhantes entre si, existindo, em cada um deles, dois tipos de áreas: áreas primárias e áreas secundárias.

     As áreas primárias desempenham funções sensitivas e motoras ocupando 25% do córtex cerebral, tratasse das regiões corticais em que são recebidas ou projetadas as mensagens vindas dos órgãos dos sentidos. As impressões ligadas à visão, à audição, ao tacto, ao sentido de dor, de calor ou de frio (entre muitas outras) são aqui acolhidas antes de receberem qualquer processamento. São também as regiões de onde partem as ordens para os músculos efetuarem os movimentos.

     As áreas secundárias ou de associação estabelecem a ligação entre os dados sensoriais e as informações armazenadas na memória. Assim interpretam, integram e organizam a informação recebida nas áreas primárias. Ocupando cerca de 75% do córtex, exercem funções associadas ao processo de pensamento.

     Vou agora falar de cada lobo cerebral, analisando as áreas primárias e secundárias de cada um deles e das suas funções.

 Lobos Occipitais estão situados na parte inferior do cérebro, esta área é também designada por córtex visual, porque processa os estímulos visuais. Depois de percebidos por esta área – área visual primária – estes dados passam para a área visual secundária ou área visual de associação. A área visual, ou córtex visual, comunica com outras áreas do cérebro que dão significado ao que vemos tendo em conta a nossa experiência passada, as nossas expectativas. O nosso cérebro é orientado para discriminar determinados estímulos.

Os Lobos Temporais situam-se na zona por cima das orelhas, processam os estímulos auditivos. Os sons produzem-se quando a área auditiva primária é estimulada. A área de associação – área auditiva secundária – recebe os dados e, em interação com outras zonas do cérebro, permite-nos reconhecer o que ouvimos.

Os Lobos Parietais localizados na parte superior do cérebro, têm duas subdivisões: a anterior e a posterior. A primeira, o córtex somatossensorial, possibilita a receção de sensações (o tato, a dor, etc.). Nesta área primária, responsável pela receção de estímulos que têm origem no ambiente, estão representadas todas as áreas do corpo. A área posterior é uma área secundária que analisa, interpreta e integra as informações recebidas pela área anterior ou primária, que permite a localização do nosso corpo no espaço, o reconhecimento dos objetos através do tato, etc.

Os lobos frontais são responsáveis pelos movimentos, incluindo as áreas motoras primárias e secundárias. A área motora primária destina-se à ocorrência de movimentos em diferentes partes do corpo e a área motora secundária destina-se à organização ordenada e coordenada de movimentos.

As áreas pré-frontais constituem a secção anterior do lobo frontal, conhecida como área pré-frontal, cérebro pré-frontal ou córtex pré-frontal, esta estabelece relações com as mais diversas áreas do cérebro, igualando as suas atividades e controlando os comportamentos que se consideram única ou especificamente humanos: reflexão, atenção, imaginação, planificação, processos mentais superiores, aqueles que nos especificam como seres humanos.

Em termos gerais, pode dizer-se que todo o progresso e conforto material e espiritual da humanidade se deve à intervenção neural desta área. É graças à sua atividade que os homens se têm dedicado à especulação abstrata e, consequentemente têm podido dar corpo a obras primas a nível da literatura e da arte e fazer assombrosas descobertas a nível da ciência e da técnica. É o córtex pré-frontal que permite organizar e fazer funcionar instituições, elaborar leis e estabelecer formas equilibradas de relacionamentos entre as pessoas e os grupos. Dele depende o controlo dos comportamentos necessários à vida social, incluindo a aceitação e a compreens O cérebro funciona, pois, de modo sistemático, em que umas partes se relacionam com as outras, todas submetidas a uma globalidade organizada que, por sua vez, se alimenta de estreita conexão entre elas.

     Considerar que o cérebro funciona sistematicamente significa admitir que ele é uma globalidade constituída por partes cujas interações concorrem para a manutenção do seu equilíbrio funcional como a unidade ou sistema.

     Nas aulas de psicologia observámos um documentário que incidia neste assunto, denominado “Segredos da mente”. Neste documentário são estudadas situações reais trágicas de pessoas que sofreram lesões cerebrais. O professor Ramachandran investiga alguns enigmas cerebrais, entre as quais a “Síndrome dos membros-fantasma”, que é a sensação de dor em partes do corpo inexistentes, que foram amputadas. Com base no estudo deste enigma, podemos transpô-lo a um nível ais abstrato com os problemas da filosofia da mente. Assim chegou-se à conclusão que há uma recuperação de funções cerebrais, isto é, como uma determinada área do cérebro (a área correspondente ao membro amputado) não estava a ser útil, estando em inatividade, as áreas vizinhas assumem as funções desta área. 

 

Decidi então focar a minha atenção na doença de alzheimer, pois tenho familiares vítimas deste problema e  que me marcou e acho interessante saber.

O Mal de Alzheimer, Doença de Alzheimer (DA) ou simplesmente Alzheimer, é uma doença degenerativa atualmente incurável mas que possui tratamento. O tratamento permite melhorar a saúde, retardar o declínio cognitivo, tratar os sintomas, controlar as alterações de comportamento e proporcionar conforto e qualidade de vida ao idoso e sua família. Foi descrita, pela primeira vez, em 1906, pelo psiquiatra alemão Alois Alzheimer, de quem herdou o nome. É a principal causa de demência em pessoas com mais de 60 anos no Brasil e em Portugal, sendo cerca de duas vezes mais comum que a demência vascular, sendo que em 15% dos casos ocorrem simultaneamente. Atinge 1% dos idosos entre 65 e 70 anos mas sua prevalência aumenta exponencialmente com os anos sendo de 6% aos 70, 30% aos 80 anos e mais de 60% depois dos 90 anos.

Cada paciente de Alzheimer sofre a doença de forma única, mas existem pontos em comum, por exemplo, o sintoma primário mais comum é a perda de memória. Muitas vezes os primeiros sintomas são confundidos com problemas de idade ou de estresse. Quando a suspeita recai sobre o Mal de Alzheimer, o paciente é submetido a uma série de testes cognitivos e radiológicos. Com o avançar da doença vão aparecendo novos sintomas como confusão mental, irritabilidade e agressividade, alterações de humor, falhas na linguagem, perda de memória a longo prazo e o paciente começa a desligar-se da realidade. Antes de se tornar totalmente aparente o Mal de Alzheimer vai-se desenvolvendo por um período indeterminado de tempo e pode manter-se não diagnosticado e assintomático durante anos.

Na minha opinião acho o cérebro um dos temas mais interessantes, pois é um assunto do qual ainda sabemos muito pouco, havendo ainda muito para explicar sobre ele. As vivências do ser humano são totalmente condicionadas por este órgão. Constatei assim que ainda há muitos mistérios por desvendar acerca da mente humana. Também cheguei à conclusão que a sociedade em geral sabe muito pouco sobre as doenças relacionadas com este órgão e desta forma não sabe como se precaver. Acho que devemos apostar no conhecimento dos fenómenos da nossa mente de modo a evitar graves problemas.

 

Bibliografia:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Mal_de_Alzheimer

Manual do aluno, Volume 1, Psicologia B 12º Abrunhosa Maria Antónia, Leitão Miguel

Gonçalo Palma